Mundo e Pessoas

Governo de Obama pede acesso universal ao aborto em reunião da ONU

Samantha Singson

NOVA IORQUE, NY. (Notícias Pró-Família) — Na sede das Nações Unidas na semana passada, o governo de Obama continuou suas pressões para que haja mais acesso ao aborto legal no mundo inteiro. A equipe diplomática de Obama introduziu linguagem que está tumultuando uma negociação de alto nível. A proposta dos EUA pede “acesso universal” para “serviços de saúde sexual e reprodutiva, inclusive acesso universal ao planejamento familiar”. O documento sob consideração culminará na Revisão Ministerial Anual de 2009, que se reúne nesta semana em Genebra

O ponto de partida para muitas delegações e o que tem dividido o bloco europeu costumeiramente sólido é o uso da palavra “serviços” no contexto de “saúde reprodutiva”. Em 2001 durante negociações relacionadas à revisão de dez anos da Convenção da ONU dos Direitos das Crianças, um delegado canadense deixou escapar sem querer: “É claro que todo mundo sabe que ‘serviços’ significam aborto”. Desde então, a palavra “serviços” tem sido um tópico de debate acalorado.

Tão polêmico é o tópico de “serviços” no contexto de “saúde reprodutiva” que o bloco negociador geralmente impenetrável dos 27 países membros da União Européia implodiu com Malta, Polônia e Irlanda se separando de seus aliados e se unindo à Santa Sé na oposição à medida.

Fora os EUA, outras delegações, inclusive da Bélgica, Holanda, Suíça, Suécia, Dinamarca, Finlândia, França, Estônia e Reino Unido estão fazendo pressões para a introdução da linguagem.

O bloco G-77 dos países em desenvolvimento está ainda realizando suas próprias negociações para decidir se ou não terão uma posição comum acerca do parágrafo.

As negociações estão programadas para continuar e as declarações rascunhadas serão adotadas por ministros governamentais de nível elevado na reunião em Genebra no final desta semana.