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No livro do profeta Isaías, capítulo 46 versículo 10, o próprio Deus declara que ele já sabe do fim das coisas já no começo delas. Ou seja, Deus está dizendo que ele é presciente, que tem a capacidade de ver o futuro. Vários outros textos bíblicos, como é sabido, revelam que Deus é imutável, portanto, ele é o que é desde sempre.
O que nos leva a crer que ele, de antemão, sabia que ao conceder liberdade ao ser humano, ele acabaria decidindo não seguir o que ele haveria de estabelecer e, portanto, acabaria atraindo – como aconteceu – sobre si, toda a sorte de males, que vai desde doença à morte.
Cabe aí, então, uma pergunta: teria Deus prazer em nos ver sofrer? Os mais coerentes dirão que não. A outra pergunta é: se ele sabia que iríamos dar errado, por que se permitiu nos criar? O que move Deus em suas ações? Será que ele raciocina bem? Sim, Deus raciocina bem, ele não é contraproducente.
O que move Deus, além de seu poder, capacidade criativa e inteligência, é o amor. Santo Agostinho, pensando a respeito desse tema, declarou em sua doutrina “Falta Abençoada”: “Deus julgou ser melhor tirar o bem a partir do mal do que sofrer absolutamente nenhum mal”. Ou seja, melhor suportar a dor envolvida na redenção do pecador do que não ter de forma alguma criado os seres humanos.
Deus nos amou tanto, que até mesmo quando previu o pecado e o sofrimento que escureceriam e distorceriam a criação, decidiu nos criar de todo jeito. Este é o mistério mais profundo de todos e o que inspira nossos corações a adorá-lo.
O caráter justo de Deus requer nossa condenação por causa do pecado, mas o amor que o move o coagiu a mandar seu próprio filho para sofrer o castigo que era nosso (João 3.16; Isaías 53.5).
Fonte gospel prime
